“Será que ela vai me ligar?”, “será que ela gosta de mim?”, “vamos ficar juntos?”. Essas e outras perguntas aparentemente presentes só no universo das mulheres têm sido cada vez mais comum nas consultas realizadas pelos homens. Homens com “H” maiúsculo de todas as idades e profissões preocupados com seu coração, com sua vida amorosa, com suas emoções. Para mim são questões comuns aos homens e mulheres e assuntos trazidos por ambos ao consultório há anos. Mas curiosamente quando falo sobre isso muita gente desconfia, especialmente as mulheres.

Sendo assim, e a pedidos, decidi escrever sobre isso, só para deixar registrado que os homens também se preocupam com seus sentimentos, também amam e têm as mesmas dúvidas, ansiedades, inseguranças e angústias de uma mulher. E isso é totalmente real porque apesar das claras diferenças entre homens e mulheres – sim, elas existem, e precisam ser respeitadas para o equilíbrio de qualquer relação entre eles - todos somos seres humanos dotados de uma infinita capacidade de amar e ser amado.

Para falar sobre isso, peço licença aos homens para revelar seus segredos, mas preciso contar algumas coisas às mulheres. Garotas, os homens também ficam tensos no primeiro encontro, também fantasiam, fazem planos para o futuro. Também ficam na dúvida se ligam, se esperam, se falam o que sentem ou simplesmente vão vivendo até que uma relação se defina. Homens também querem saber o que a mulher sente por eles, o que acha deles, se estão agradando, se vão dar conta. Também sentem ciúmes, também ficam com medo de perder seu amor. Homens também querem casar e vira e mexe escuto algum deles dizendo que não é fácil achar uma mulher que queira compromisso, alguém legal de verdade, com quem possa fazer seus planos e viver uma vida comum. Alguma semelhança com o universo feminino? Muitas!

Fato é que amor é um tema sempre atual e mudam os tempos, mas está sempre em pauta, seja na vida das mulheres ou dos homens. Todos querem amar. Faz parte da natureza humana. Queremos amor, queremos dar e receber amor, queremos alguém para dividir a vida. Algumas pessoas, claro, não dependem disso para viver, não precisam estar em um relacionamento para sobreviver. Na verdade, no fundo, ninguém precisa. Mas também na verdade, no fundo, todos querem, em algum nível, de alguma forma. Em alguns isso fica mais evidente, em alguns isso é mais importante, mas no fundo, todo mundo precisa de amor. Todo mundo tem casa 5 (namoro, prazer), casa 7 (relacionamento, casamento, parceria), casa 8 (sexo) e tudo mais que em astrologia fala de amor e relacionamento. Ou seja, todo mundo tem sol e lua, e também tem Vênus, Marte. Todo mundo tem desejo, todo mundo tem amor.

Em alguns isso fica mais bloqueado, escondido, infelizmente muita gente tem medo do amor. Parece até estranho dizer isso, mas é verdade, muita gente tem medo do amor, tem medo de se entregar, tem medo de sofrer. Mas isso é assim para todos, mulheres e homens.

Em geral, homens são mais objetivos. São mais práticos. É da natureza do homem ser assim.  Justamente por isso  costumam ser mais preocupados com os assuntos práticos e concretos do dia a dia. E mesmo nas questões emocionais, em geral lidam com isso com mais praticidade, são mais objetivos em suas dúvidas e soluções. E isso aparece nas consultas, sejam elas de tarô, de astrologia, nas terapias. Mas eles também se interessam por saber como vai sua parceira, como está seu coração, como vai o relacionamento.

Atendendo pessoas todos esses anos, para mim isso é óbvio, constante. Mas ao conversar com algumas pessoas notei que não é isso que as pessoas imaginam. Aliás, muita gente acha que astrologia e tarô são de uso quase exclusivo das mulheres e isso também não é verdade. É enorme a quantidade de clientes homens, que buscam estes conhecimentos para tomar suas decisões e conduzir melhor suas vidas, assim como as mulheres. E em ambos os sexos temos clientes de todas as idades, de todas as profissões. E as perguntas e questões e dúvidas e angústias são muito parecidas.

Todos querem saber sobre seus trabalhos, sua vida financeira, a saúde, a família, as coisas do dia a dia, as questões mais existenciais e, claro, o amor. Inclusive os homens.

No começo da carreira eu notava uma diferença na dinâmica do atendimento. Muitas mulheres chegavam com as questões de relacionamento como foco, tema central, e depois traziam os demais assuntos.  Já os homens começavam por questões mais práticas e objetivas, coisas mais concretas, materiais, e depois partiam para o relacionamento, para o amor. Mas hoje em dia não é mais assim. Homens e mulheres trazem suas questões todas, seus assuntos mais importantes para aquele momento e as consultas são muito parecidas, são muito semelhantes.  E, mulheres, eles também buscam um amor verdadeiro, profundo. Eles também querem se relacionar, querem ser feliz no amor, querem fazer sua parceira feliz.

Aliás, trabalhando com gente, caem muitos mitos sobre as crenças que sempre ouvimos por aí. Porque homens e mulheres, apesar das diferenças básicas e essenciais, fazem e vivem coisas muito parecidas. As mulheres de hoje em dia também querem ganhar dinheiro, querem ser bem sucedidas em seus trabalhos. Algumas mulheres também traem, também não se sentem na obrigação de estar para sempre em um relacionamento se ele não está tão bom assim. As mulheres também sabem ser práticas e objetivas. E assim como as mulheres de hoje em dia ganharam novas preocupações e tomam novas atitudes, os homens também têm se expressado mais, têm entrado mais em contato com seus sentimentos e passaram a se preocupar ainda mais com seus relacionamentos, ou pelo menos demonstrar mais essas preocupações.

Por sinal, muitas mulheres e muitos homens vem aos atendimentos em busca de um amor. Parece que nem sempre as pessoas se encontram na vida, apesar de muita gente estar à procura. Ouço de muitas mulheres que “não existe homem no mercado” e de muitos homens que “as mulheres de hoje não querem se comprometer”. Novas crenças modernas que afastam as pessoas. E isso não é verdade. Todos podem se relacionar e existe gente disponível de todos os sexos e idades. Já dizia minha avó que “sempre tem um chinelo velho para um pé cansado”…

O fato é que conseguimos ou não nos relacionar de acordo com nosso “eu”, com nossas crenças, medos, desejos. Por isso quem não consegue se relacionar, quem não encontra alguém disponível, quem não está em um bom relacionamento deve se perguntar em primeiro lugar porque isso está acontecendo, olhando para dentro sem medo de encontrar as respostas, para que qualquer obstáculo possa ser superado e a possibilidade de se relacionar venha de verdade.  E sem culpar os outros, o mundo, os homens ou as mulheres.

E isso vale especialmente para as mulheres: os homens também amam, os homens também querem ser amados. Os homens também querem alguém com quem possam trocar e compartilhar a vida. Alguém para estar do seu lado.

Ou seja, todos querem e podem se relacionar e homens e mulheres podem ser felizes juntos, pois as diferenças são complementares e podem conviver perfeitamente bem. No fundo, todos procuram a mesma: o amor.

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