Criação de aves brasileira segue padrões internacionais de qualidade


 Você já deve ter ouvido falar que a carne do frango não é saudável porque possui muitos hormônios. Se você acreditou nisso, saiba que se trata de um mito que atingiu diversas camadas da sociedade. A explicação para o crescimento surpreendentemente rápido das aves está na expertise de áreas como a Zootecnia.

“O desenvolvimento acelerado é uma resposta aos trabalhos de seleção e de nutrição, aliados à natureza da espécie. Assim, uma ave atinge o tamanho esperado na produção em 42 dias”, argumenta o Dr. José Evandro Moraes, zootecnista do Instituto de Zootecnia da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

A seleção mencionada por Moraes é resultado de pesquisas e práticas na área de melhoramento genético, um dos campos de destaque da Zootecnia, assim como o de Nutrição, a partir do qual se estabelece melhores diretrizes para as dietas, atualmente com o milho e soja como principais ingredientes, e vitaminas e aminoácidos sintéticos importados adicionados.

O mito

Mas afinal, como surgiu o mito de hormônios na carne do frango?
De acordo com Moraes, no início dos anos 1970, a corrida espacial impulsionou um avanço nos estudos de hormônios para ganho de peso e havia pesquisas com aves.

“Embora os testes não tenham sido feitos somente com a espécie, as pessoas passaram a acreditar que os frangos para alimentação eram criados a base de hormônios”, comenta o pesquisador, Dr. José Evandro Moraes.

A lenda foi fortalecida, décadas depois, quando os avanços tecnológicos e científicos contribuíram para a aceleração da produção na Avicultura. “Até os médicos começaram a acreditar que o desempenho era atribuído a hormônios e orientavam os pacientes a evitar frangos”, diz Moraes.

Segundo o zootecnista, alguns artigos acadêmicos sobre o uso de hormônios para crescimento fomentaram a visão equivocada entre profissionais da saúde. O que faltou foi contextualizar que os estudos não se aplicavam a área de produção animal.

A verdade

“O fato é que além de não ter efeito algum no âmbito de crescimento, o uso de hormônios na criação de aves traria um gasto muito maior ao setor”, frisa o Dr. José Evandro Moraes.

Com atuação profissional principalmente nas áreas de Avicultura, Nutrição e Bem-estar Animal, o pesquisador nível III do Instituto de Zootecnia argumenta que dois terços da produção brasileira atende o mercado de exportação, o que significa que diversas exigências para que seja produzida uma carne de qualidade são atendidas, do contrário, o produto nacional não seria aceito no exterior.


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