A Ciência Ayurvédica XXXII

 

Introdução

No capítulo precedente a este, abordamos exclusivamente as vitaminas contidas nos O.A.M., suas propriedades essenciais, seus benefícios e, como os mesmos ocorrem no organismo. E também, como a falta de tais vitaminas, pode afetar a boa saúde. Elaboramos uma longa tabela analítica das vitaminas, mostrando como ocorrem tais processos.

Neste capítulo aqui, vamos apresentar uma tabela de minerais – traços – contidos tanto nos óleos ayurvédicos medicinais, quanto nas plantas ayurvédicas medicinais, os benefícios diretos produzidos no organismo das pessoas por tais minerais e, outros detalhes referentes aos mesmos.

Lembremos que os minerais são os elementos ou estruturas que renovam constantemente as células, pois desencadeiam reações eletro químicas celulares necessárias à manutenção da vida orgânica. E mesmo na atualidade, ainda se ignora muitas das funções dos mesmos. Todavia, eles servem também como eletro catalisadores para outros elementos.

Por exemplo, uma pessoa adulta saudável tem entre 1,5 quilogramas até 2,5 quilogramas de minerais, espalhados na forma de traços em diferentes partes do corpo.

Também aqui, foi muito difícil elaborar tal tabela, pois os dados científicos são muito esparsos e parte deles, até raros de se encontrar.

Desenvolvimento

Os minerais – traços – contidos nos óleos ayurvédicos medicinais

Tabela estrutural dos minerais

Bromo – encontrado nos diferentes tipos de lentilhas e ervilhas.

O organismo requer traços mínimos diários de Bromo. É necessário para o equilíbrio de todos os fluidos orgânicos. Atua em consonância com o cloro e o flúor.

Sua carência gera – alterações no funcionamento dos fluídos orgânicos em pequenas escalas.

Seu excesso é muito raro, embora ainda não identificado o porque disto.

Cálcio – encontrado em algumas sementes oleaginosas, no leite extraído das mesmas e especialmente na abobrinha e na alcachofra.

O organismo requer em média 0,8 a 1 grama diário dele. É necessário para a construção dos ossos e dentes e para o bom funcionamento do aparelho cardiopulmonar. E desta forma, ajuda na produção dos impulsos eletro nervosos, na contração eletro muscular e na boa circulação sanguínea e no seu conjunto.

Sua carência gera – câimbras neuro musculares, coagulação do sangue e alteração da respiração e da sístole diástole. Sua carência também pode gerar raquitismo em crianças, e em adultos, osteomalácia ou amolecimento dos ossos e osteoporose ou porosidade dos ossos.

Seu excesso gera – calcificações e desequilíbrio do metabolismo no organismo.

Cloro – encontrado em quase todos os vegetais, em especial na abobrinha e na alcachofra e também solúvel na água.

O organismo requer traços mínimos de cloro por dia. É necessário para manter a função eletrolítica das membranas das células, ou seja, decompor seus elementos com a ajuda de corrente elétrica em nível apropriado. E também para manter a pressão osmótica das mesmas, por meio da passagem dos fluidos para o seu interior.

Sua carência é muito rara, pois ele existe em quase todos os vegetais.

Seu excesso gera – destruição a vitamina E, em função das águas tratadas de forma inadequada. O que também reduz a produção necessária de Iodo na glândula tireóide.

Cobre – encontrado na água e na maioria das sementes oleaginosas, como as nozes e outras.

O organismo requer traços mínimos de cobre por dia. É necessário para a formação do colágeno, da proteína dos ossos, da pele e dos tecidos conectivos.

Sua carência é muito rara, pois seus traços são facilmente encontrados nos alimentos acima.

Seu excesso é muito raro, embora ainda não foi identificado o porque disto.

Di Indol Metano ou Dim – encontrado em crucíferas como o brócolis, a couve flor, o repolho, no wasabi e na alcachofra.

O organismo requer traços mínimos de cobre Dim por dia. É necessário como agente anti-inflamatório nos órgãos e regenerador do DNA celular.

Sua carência é muito rara, pois seus traços são facilmente encontrados nos alimentos acima.

Seu excesso é muito raro, embora ainda não foi identificado o porque disto.

Enxofre – encontrado no abacaxi, na abobrinha, no agrião, na alcachofra, no alho, nas batatas, na cebola, na couve flor, nas laranjas, nos rabanetes, nos repolhos, na rúcula, em alguns tipos de águas minerais sulfurosas.

O organismo requer em média 0,14 gramas por déia. É necessário para manter a função do funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. Ainda do metabolismo das proteínas e ajudar na digestão.

Sua carência é muito rara, pois ele existe em muitos vegetais, legumes e em algumas frutas cítricas.

Seu excesso também é muito raro, embora ainda não identificado o porque disto.  

Ferro – encontrado em cereais integrais, em vegetais como folhas verdes, em leguminosas, em aspargos, nas azeitonas verdes e pretas, em frutas secas, em sementes e em feijões, lentilhas, ervilhas e especialmente na abobrinha e na alcachofra.

O organismo requer em média 10 a 20 miligramas por dia. É necessário para a integração da hemoglobina no organismo, cuja função é distribuir o oxigênio por todos os elementos do corpo. Também participa da construção do sangue e fortalece o sistema imunológico. Como ele é de difícil absorção, via de regra, age associado ao cobre que o transforma em um tipo de sal benéfico. Para a sua boa função, também deve haver vitamina C na corrente circulatória e ácido clorídrico no estomago.

Sua carência gera – anemia em diferentes escalas, dependendo da proporção de tal carência.

Seu excesso gera – diferentes tipos de desequilíbrios no organismo, dependendo do grau de excesso. Porém, a ocorrência de excesso é rara, ao contrário da carência.

Flúor – encontrado – em geral – no agrião, no alho, na rúcula e nas águas tratadas.

O organismo requer traços mínimos de flúor por dia, por exemplo, no conteúdo de uma alimentação normal diária. É necessário para a manutenção dos ossos e dos dentes.

Sua carência é muito rara, pois ele é comum nos alimentos acima citados.

Seu excesso também é muito raro, embora ainda não identificado o porque disto.

Fósforo – encontrado em legumes e leguminosas, em sementes e em lentilhas e ervilhas das mais diferentes espécies, além de em alguns tipos de grão de bico, na abobrinha e na alcachofra.

O organismo requer em média 0,8 a 1 grama diário dele. É necessário para a integração dos tecidos cerebrais e das células em geral. Também para formação dos ossos e contração dos neuro músculos. A vitamina D é essencial para que o fósforo seja absorvido pelo organismo.

Sua carência é muito rara, pois ele existe em quase todos os tipos de alimentos. Todavia, na sua falta será observado dificuldades neurológicas, tipo descontrole neurológico, neuro musculatura se atrofiando e fraturas freqüentes.

Seu excesso também é muito raro, embora ainda não identificado o porque disto.

Iodo – encontrado especialmente em algas marinhas dos mais diferentes tipos e variedades, em sal marinho puro e em água marinha filtrada além de em outros tipos de plantas marinhas.

O organismo requer traços mínimos de iodo por dia. É necessário para o bom funcionamento da glândula tireóide e das 4 paratireóides, para que os neuro músculos armazenem oxigênio, para a queima de alimentos, pois assim evita que haja acumulo de gorduras localizadas, para a metabolização do cálcio e para a boa função dos fagócitos, que são as células que transformam os microorganismos e outros subprodutos do eletro metabolismo celular.

Sua carência gera – obesidade, bócio e também cansaços constantes, dependendo da proporção de tal carência.

Seu excesso gera– alterações na glândula tireóide e emagrecimento excessivo.

Magnésio – encontrado em alta porcentagem, no açafrão, na abobrinha, no agrião, na alcachofra, nas diferentes algas, no espinafre, em todas as frutas cítricas, na rúcula, na salsinha e no salsão.

O organismo requer em média 300 a 400 miligramas por dia. É necessário para a composição dos ossos e dos dentes. Também para ajudar a metabolizar carboidratos.

Sua carência é rara, porém quando ocorre gera extrema sensibilidade tanto ao frio quanto ao calor.

Seu excesso também é muito raro, embora ainda não identificado o porque disto.

Potássio – encontrado facilmente na abobrinha, na alcachofra, nas bananas, nas laranjas, nos tomates, nas verduras de folhas, nas crucíferas e no vinagre de maçã.

O organismo requer em média 0,20 gramas por dia. É necessário – junto ao sódio – pelo equilíbrio das batidas do coração (sístole/diástole), pelo equilíbrio do sistema neuro muscular e pela manutenção dos eletro fluídos internos das células.

Sua carência é rara, pois ele existe em abundância em muitos alimentos. Porém, tal carência pode ocorrer em casos de desidratação, diarréias crônicas, abuso no uso de produtos diuréticos ou purgantes. O que inclusive, poderá prejudicar o coração e a neuro musculatura em geral.

Seu excesso é muito raro, embora ainda não identificado o porque disto.

Selênio – encontrado facilmente nos cereais integrais e nos comuns, em todas as sementes oleaginosas brasileiras, também em algumas frutas e na alcachofra.

O organismo requer em média 70 a 85 miligramas por dia. É necessário como antioxidante e anti-inflamatório no organismo e para os processos vitais do mesmo.

Sua carência é rara, pois ele existe em abundância nos alimentos acima. Porém, caso ocorra carência do mesmo, surgira queda de unhas e de cabelos, dormências e paralisias em diferentes regiões do corpo.

Seu excesso é muito raro, embora ainda não identificado o porque disto.

Sódio – encontrado facilmente em todos os vegetais, mas rico no agrião, na aveia, na beterraba, na cebolinha verde, na cenoura, no espinafre, nos legumes e nas leguminosas, nas nozes, e no salsão.

O organismo requer em média 3 gramas por dia. Sua função é regular o equilíbrio da água no organismo, transmitir impulsos eletro nervosos pelo corpo, eliminar ácidos e ajudar na coagulação. Participa também da constituição dos fluídos externos às células, por exemplo o suco gástrico.

Sua carência gera – câimbras e não cicatrização em geral no organismo.

Seu excesso é grave, pois retém muita água no organismo, o que eleva a pressão arterial. Por exemplo, o uso em excesso do sal de cozinha ou cloreto de sódio pode também causar obesidade e conseqüentes doenças respiratórias. O ideal é evitar o uso do sal, trocando o mesmo por especiarias ou reduzindo ao máximo o consumo do mesmo, já que há sal na maioria das fórmulas de alimentos industrializados.

Zinco – encontrado facilmente em cereais integrais e comuns, em legumes, leguminosas, sementes oleaginosas e em tuberosas.

O organismo requer em média 15 miligramas por dia. Sua função é ajudar no equilíbrio elétrico do cérebro, no equilíbrio de açucares e amidos, na metabolização de carboidratos e proteínas, gerando energia para as células e participando da respiração dos tecidos celulares.

Sua carência gera – diminuição dos hormônios masculinos, produzindo diabetes e constipações prolongadas. Há estudos que sugerem os mesmos efeitos nos hormônios femininos.

Seu excesso é raro, embora ainda não identificado o porque disto.

Outros minerais e outros elementos importantes

A lista de minerais contidos nos O.A.M. é longa e não se restringe só a estes mostrados na Tabela Estrutural dos Minerais. Todavia, estes estão entre os mais importantes em termos de necessidades e benefícios relacionados ao organismo e às suas eletro funções.

Os outros também são importantes, mas em uma escala menor de necessidades. Vamos aqui relacionar alguns deles, inclusive de outros elementos também, para efeito de conhecimento e pesquisa:-

Alumínio, arsênico, argônio, berílio, boro, césio, chumbo, cobalto, cromo, escândio, estanho, estrôncio, hélio, lantânio, lítio, manganês, molibdênio, níquel, neodímio, neon, prata, rubídio e titânio.

Pré Conclusão

Neste capítulo também, a pesquisa e a coleta dos elementos para a construção da Tabela Estrutural dos Minerais, se deu ao longo de vários anos. Por meio de muitas anotações em períodos esparsos, por meio de diálogos com cientistas em países distantes, especialmente na Índia. A visitas em ações de Voluntariado à Índia, onde houve a oportunidade de travar conhecimento com profissionais que plantavam plantas ayurvédicas medicinais, ou que produziam óleos ayurvédicos medicinais, ou que eram médicos ayurvédicos especializados, ou mesmo com especialistas no assunto que trocavam informações, que davam palestras em instituições.

Agora, passo a passo estamos compilando cada capítulo, com base nestes conhecimentos especiais e científicos, que não se encontram facilmente mesmo em bons livros em outras línguas, já que – possivelmente – não houve uma intenção deliberada de se trazer à tona este assunto – a Ciência Ayurvédica – desta forma metodológica e sistemática, como a estamos apresentando.

Todavia, isto é muito importante e necessário, já que trata-se de um conhecimento científico milenar, em especial no que tange à Propedêutica e à Terapêutica da Saúde, com todas as suas possíveis intervenções necessárias e prementes, no sentido da busca do equilíbrio tanto interior quanto orgânico, no sentido da busca da saúde plena, do bem estar e da qualidade de vida. Sob todos os aspectos e sentidos.

No próximo capítulo, ainda estaremos abordando os Óleos Ayurvédicos Medicinais e seus efeitos e benefícios.

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