Tida como uma disciplina esotérica, que não o é, a radiestesia vem sobrevivendo a todos os devaneios ao longo dos anos, aos modismos, à utilização de seus instrumentos de forma imprópria, a conceituações equivocadas.

Porém enquanto a maioria dos modismos esotéricos somem após um período de consumo, a radiestesia permanece alvo de um grande interesse. Mas também existem seus adversários ferrenhos, frutos da não compreensão dos processos envolvidos e resultado lesivo das mandracarias de alguns pseudo radiestesistas.

Temos uma historinha para ilustrar o tema:

Há muitos anos, um parente comprou de impulso uma área rural em Laranjal Paulista. Terreno sem graça, desprovido de árvores, apenas um mato capoeira, e algumas touceiras de braquiária, pior, sem nenhuma corrente de água. Foram feitos alguns furos e apenas encontrados pequenos veios de água salobra, imprópria para consumo e irrigação. Na Casa da Lavoura o parente recebeu a informação da existência de um pesquisador de água com fama de infalível, o grande ganhador das causas perdidas na procura de água. O homem morava em Tietê, cidade vizinha. Por telefone fizeram todas as combinações necessárias, alguns dias mais tarde meu parente foi busca-lo na cidade. Já no sítio, após os boas tardes e cumprimentos de praxe, o homem se botou a andar de vareta (forquilha) em riste, aparentemente sem um método definido, aleatoriamente. Finalmente no local mais elevado da propriedade, tão alto que formava um morrinho, a vareta baixou, lenta mas com clareza. Após alguns sobe e desce da mesma e de alguns murmúrios, ele riscou no chão uma cruz, espetando no centro um graveto. – Fura aqui. Tem água doce em quantidade.
Nos dias seguintes dois homens furaram o local de pá e picareta. A uns 5 metros de profundidade foram detidos por uma imensa pedra, lisa, arredondada.

O parente meio inconformado chamou de novo o vedor.

No dia seguinte o homem se apresentou, olhou o buraco e disse apenas, - dinamita!

Assim foi feito. A escavação continuou até 18 metros quando o furo cruzou com uma corrente de água, doce, abundante.

A sintonia do poceiro com o processo de pesquisa de água, pode ser repetida em outras situações, qualquer que seja o tema a ser pesquisado e o instrumento eleito.

A radiestesia ou pelo menos o que designa esta expressão, não é nada do que se lhe atribui hoje em dia. A etimologia nos indica sensibilidade às radiações. Uma expressão antiga, de 1.900, para uma técnica que se desenvolveu e se desmembrou em outras disciplinas.

Hoje atribuem à radiestesia tudo o que ela não faz: tratamentos, adivinhação, controle de pragas, reequilíbrio ambiental etc. etc.

A radiestesia é um conjunto de técnicas para por meio da percepção extra-sensorial do tato, presente em maior ou menor índice nos animais e humanos, perceber, detectar, analisar padrões energéticos não explícitos.

Após 1939, quando da publicação do Tratado Experimental de Física Radiestésica de Leon Chaumery e Andre de Bélizal, a técnica foi dividida em dois segmentos: a radiestesia propriamente dita, aquela das análises e a então chamada de Radiestesia de Ondas de Forma. Em 1975 quando do surgimento do Ondas de Vida Ondas de Morte, veio à luz uma nova disciplina, com regras próprias, a hoje chamada Radiestesia Cabalística. Conscientes que as formas não são as únicas causadoras de emergências variadas, as denominamos de Emergências Devidas a Genitores Variados, divididas em:

Emergências devidas às Formas. Eventos onde a forma é o genitor do processo.

Emergências devidas à Indução. Eventos eletroeletrônicos, sonoros, luminosos e do movimento. Emergências devidas à Reação. Todos os processos químicos, sobretudo os mais intensos. Emergências devidas ao Psiquismo. Especialmente eventos gerados pela mente humana, mas também aqueles provindos do plano espiritual, e das forças da natureza.

Os genitores podem ser individuais ou combinados.

As emergências devidas às formas podem ser portadoras de outras informações, por exemplo uma montagem a partir de um remédio qualquer e uma réplica de pirâmide. O Verde negativo em fase indiferenciada será o portador da informação própria do remédio.

Este princípio ou exemplo é também adequado a todas as operações com gráficos radiestésicos.

Assistimos pois à criação de um novo conjunto de técnicas, originalmente baseada nos fenômenos relacionados às formas. E mais especificamente aos gráficos radiestésicos. Engana-se o neófito ao imaginar que estas estão restritas aos gráficos radiestésicos, na realidade tudo à nossa volta vibra, a diferença é que estas emissões não são direcionadas.

Encontramos emissões várias na arquitetura, paisagismo, arranjos estéticos e técnicos, pedras, madeiras, Land Art, na arte de Nils Udo e outros artistas, criando pontos focais da energia universal. Estas emissões transcendem a radiestesia. A radiestesia é relacionada com estes eventos não como cumplice, mas até recentemente como único método de aferição dos padrões energéticos envolvidos.

O Abade Mermet foi o pai da radiestesia clássica. Ele deu início a todas as variantes hoje conhecidas. Listamos alguns de seus avanços:

Usou o relógio de bolso como pêndulo, deixando claro que qualquer massa de material suspensa por um fio pode seu usada como pêndulo.

Criou um pêndulo especial para pesquisas com testemunhos, (o Pêndulo Testemunho de Mermet).

Ousou fazer radiestesia sobre mapas ou plantas de cartografia.

Definiu as primeiras teorias radiestésicas, para uma radiestesia física.

Usou a radiestesia para pesquisas em qualquer âmbito.

Foi o primeiro notável a fazer radiestesia médica, pesquisando doenças e remédios.

Foi o primeiro a fazer radiestesia a distância, mais tarde chamada de Teleradiestesia por Emile Christophe.

Lançou as bases do que é hoje definido como radiestesia.

Os instrumentos radiestésicos são divididos em duas categorias: os para uso comum e os técnicos. Depois de Mermet houve a adição de um expressivo número de instrumentos radiestésicos, infelizmente, muitos bastante fantasistas, variantes cosméticas, na categoria para uso comum.

Já no grupo técnico todas as variantes são clones mal ajambrados dos instrumentos de Chaumery/Bélizal. No todo algumas variantes permitem uma melhor adequação às habilidades intrínsecas dos praticantes.

Na disciplina anteriormente denominada “Ondas de Forma”, tivemos em 1975 a última grande contribuição graças a La Foye, os círculos recíprocos e o Disco Equatorial. O único clone bem elaborado do Disco deve-se a Jacques Ravatin numa adaptação deste para quadrado. Depois um grande silêncio e múltiplos pastiches fazendo uso equivocado de gráficos radiestésicos.

Acredito no fator cíclico dos eventos que intercalam momentos de escuridão com outros de ofuscante luz, liberdade, criação. Ou seja, não estamos num bom momento...


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