Hatha Yóga "L"



Introdução

Nos dois capítulos precedentes a este, fizemos uma concisa e esclarecedora abordagem, sob diferentes aspectos do Karma Yóga e, seus desdobramentos na “linha de existência” das pessoas e dos reflexos direto desta, na “vida atual” das mesmas, no dia-a-dia, com os efeitos das causas passadas, se desdobrando no cotidiano. E como toda esta roda karmica ou “roda de samsara” vai tendo continuidade advinda do passado, passando pelo presente e se reconfigurando no futuro.

Todavia, buscamos também mostrar - inclusive com alguns exemplos simples e diretos - como é possível mudar tudo isto conscientemente. Já que o Karma em si, não é rígido, pelo contrário, ele é flexível, mutável e mutante. E como isto é possível, quando tomamos conhecimento a seu respeito e além disso, tomamos as atitudes necessárias para mudarmos nossa vida - atual - e consequentemente, nossa linha de existência.

Neste capítulo atual, vamos nos centrar no tema “saúde” pois a saúde ou a “doença” são fatores importantes que interferem de forma direta no nosso Karma cotidiano e nos desdobramentos do mesmo em outras vidas, seja para termos felicidade plena ou para termos a continuidade de certos infortúnios da vida atual.

Abordando uma das doenças atuais

Desenvolvimento

Observando com atenção a sociedade atual, percebemos que a mesma, a cada dia que passa está mais doente. Seja pelo fato de não dar muita atenção para a saúde, seja pelo fato de conviver em ambientes de trabalho agressivos e tóxicos, seja pelo fato de viver em círculos sociais que pouco prezam a saúde, seja por aparentemente, ter aceitado uma série de condições desumanas que a conduz a estados de doença. Por exemplo, cargas horárias de trabalho profissional, muito acima do que é recomendado pela OIT ou pela OMS.

Também, por um outro fator delicado, que é o surgimento de novas tecnologias no contexto global, que reduzem o número de vagas profissionais, gerando forte desemprego mundial, gerando um estresse profundo e destruidor. Tanto nas pessoas que conseguem com muito esforço, manter uma vaga numa empresa, ao custo de imensos sacrifícios pessoais, seja nas pessoas que estão desempregadas há longo tempo, lutando para conseguir uma vaga profissional ainda que com forte redução salarial e em ambientes - muitas vezes - desumanos.


Onde inclusive, ocorre negligência em relação aos quadros horários estabelecidos, já que nas famigeradas reduções de quadro de pessoal, um departamento ou setor que em geral, havia 20 ou 40 profissionais - necessariamente - na atualidade, na busca de lucros desenfreados para acionistas gananciosos, as empresas mantem 10 ou 15 profissionais, que devem responder por todas as atividades que o quadro profissional anterior realizava.

E todo este cenário pesado e desolador, gera uma nova realidade profissional e coletiva, onde grande parte dos trabalhadores, acabam contraindo os mais diferentes tipos de doenças, das quais, a mais comum porém, devastadora, é o “estresse”, com seu poderoso potencial de destruir a saúde de qualquer profissional, que não tenha oportunidade de se proteger do mesmo - o que é muito comum - ou que não de a devida atenção ao surgimento do mesmo e que imediatamente, não busque os tratamentos adequados para combate-lo e elimina-lo até a sua raiz mais profunda. Já que quando o estresse progride no organismo das pessoas, destrói o mesmo por completo, apresentando desdobramentos - em muitas ocasiões - irreversíveis.

Descrevendo alguns sintomas e aspectos do estresse

Entre os diferentes sintomas e aspectos que o estresse apresenta quando se manifesta numa pessoa, em especial, que trabalha em regimes de horários que ultrapassam as oito horas diárias, durante dois, três ou mais anos direto, muitas vezes, sem tirar suas férias legais, ou tirando apenas uma semana a cada dois anos, ou mesmo quinze dias a cada dois, três anos, podemos citar;- o principal problema que pode se apresentar é a queda de resistência que significa, queda no Sistema Imunológico. Só este já é um problema da maior gravidade, pois irá se refletir muito em breve em desdobramentos delicados de doenças paralelas e que comprometem seriamente a saúde das pessoas.
Outros aspectos do estresse, não menos importantes, é o surgimento de manchas e descamações na pele, começando pelo rosto e se espalhando pelo corpo inteiro, inclusive, com o passar do tempo, podendo gerar feridas dermatoses. Por exemplo, outras doenças advindas do estresse são, alopecia (queda de cabelo), dermatite, herpes inicial, psoríase, urticária, suor excessivo (hiperidrose), urticária e vitiligo.

Todavia, tanto os sintomas quanto as doenças são bem variados, já que ocorrem alterações e disfunções hormonais, por exemplo, como o aumento excessivo dos níveis de cortisol, o que gera reações de desequilíbrio em cadeia em outros hormônios eletro corporais. E este conjunto de desarranjos leva em consequência a outros tipos de doenças.

Ao final, todo o citado acima, pode levar diretamente a distúrbios emocionais ou nervosos, pois vamos imaginar uma pessoa trabalhando numa empresa, diariamente, entre dez a doze horas por dia, em um ambiente tenso, e considerando-se o forte desemprego no mercado, a grande preocupação em perder uma vaga, que mesmo não sendo adequada, é o que lhe provem o recurso financeiro de sustento de vida. E esta é uma realidade no cotidiano de inúmeras pessoas, que se veem premidas dos seus mínimos direitos no que se refere à manutenção da saúde e do bem-estar. Até porque, há que se convir que uma pessoa saudável, produz muito mais que uma pessoa doente em um ambiente de trabalho. Uma pessoa saudável, sente-se mais motivada, mais disposta, com mais energia para administrar o seu dia-a-dia e efetivamente, produzindo resultados muito melhores nas atividades que lhe compete.

Outro ponto muito importante, além das citadas questões sobre o equilíbrio emocional e nervoso no ambiente de trabalho, é o processo de desequilíbrio psicológico que pode se desencadear ao longo do tempo, para uma pessoa que sofre constante estresse no ambiente de trabalho e que, muitas vezes não pode nem mesmo se ausentar para um tratamento necessário, pois corre o risco de perder sua “preciosa” vaga. Mesmo ao custo de perder sua saúde, seja de forma reversível ou irreversível, pois no caso de um estresse profundo, esta segunda possibilidade, torna-se uma realidade.

Sobre alguns possíveis tratamentos para o estresse

Um fator muito importante a ser levado em conta para um tratamento adequado de estresse, é a realização de um Diagnóstico bem elaborado, que englobe não só as condições do ambiente de trabalho de uma pessoa, sob todos os seus aspectos e realidades, mas também, seu histórico de vida pelo menos nos últimos dez anos, no mínimo. Pois é com base em uma Anamnese muito bem elaborada, que um ou mais especialistas, poderá propor ou dar, um ou mais tipos de tratamentos que sejam adequados para cada caso. Pois no caso do estresse, não existem tratamentos genéricos, visto que se trata de uma doença que se desdobra das mais diferentes formas, sob diferentes condições.

Assim, um diagnóstico bem elaborado sobre o histórico e a evolução do estresse na vida de uma pessoa, é o que irá determinar, que tipo não só de tratamento ou tratamentos ela irá realizar. Mas também, de outras atividades voltadas para o resgate da saúde, do equilíbrio e do bem-estar da mesma, deverão ser propostos ou encaminhados. Lembrando sempre, que cada caso é um caso específico e que assim será determinado o que deverá ser feito. Desde a possibilidade de algum tipo de remédio fitoterápico ou homeopático, ou algum tipo de terapia ou psicoterapia, ou consultas psicológicas, ou há algum tipo de hipnose terapêutica.

Quanto à duração de um tratamento, o mesmo vai depender da situação da pessoa, do quadro de doença da mesma, da evolução para se reverter a doença, de como a mesma vai se comportar durante o andamento de um ou mais tipos de tratamentos.

Sobre outros tipos de tratamentos para eliminar o estresse

Aqui, chegamos a um ponto de inflexão da curva, neste caso, o ponto de inflexão entre a doença e a saúde. O local, onde tudo deverá ser equacionado e resolvido nas suas diferentes proporções e escalas.

O ideal, seria que as pessoas se cuidassem, se protegessem e que de todas as formas possíveis, evitassem contrair o estresse nos ambientes profissionais. O que nem sempre pode ser possível. Contudo, é possível, desenvolver-se primeiro, atitudes antiestresse e paralelamente, na vida, no cotidiano, no dia-a-dia, desenvolver ações que - ou - evitem o estresse profissional, ou que combatam ao mesmo, antes que ele tome proporções descontroláveis.

Alguns tipos de possibilidades

Efetivamente, como o tema deste capítulo é Hatha Yóga, e uma outra visão sobre a saúde, a nossa proposta - entre outras - será a prática cotidiana dos exercícios simples e fáceis do Hatha Yóga, em todo o seu conjunto. Envolvendo os exercícios respiratórios suaves pelas narinas, que combatem e eliminam a ansiedade, uma forte aliada do estresse. Os exercícios de relaxamento do Hatha Yóga, que eliminam angústias, medos, tensões, tristezas e raivas reprimidas. Os alongamentos leves neuromusculares do Hatha Yóga, que eliminam dores, tensões e enrijecimentos, os diferentes movimentos - técnicas - do Hatha Yóga, que dão flexibilidade e fortalecem o tônus neuromuscular. Os diferentes exercícios do Hatha Yóga, voltados para o sono e o bem-estar interior. Que geram equilíbrio e serenidade.

A prática do Hatha Yóga, para quem é um(a) iniciante, pode ser duas ou três vezes por semana, pela manhã, na hora do almoço, à tarde ou à noite, em dias - de preferência - intercalados. E sempre, respeitando-se as possibilidades das pessoas, com ponderação, moderação e bom senso.

Conclusão

Porém, em termos de tratamentos holísticos para evitar, combater ou eliminar o estresse, há outras possibilidades, também muito positivas e de fácil acesso no cotidiano.

Por exemplo, a dança, o artesanato, a pintura, as caminhadas leves, nadar, andar de bicicleta, de patinete, ter boas relações de amizade, dedicar-se a algo de que goste, ir ao cinema, ir ao teatro, buscar um horário regular para dormir, alimentar-se de forma equilibrada, buscando qualidade e não quantidade, beber água adequadamente, ir ao toalete diariamente, reservar os finais de semana para algo útil e prazeroso, evitar os excessos de qualquer natureza. E por fim, procurar manter-se sempre atento(a) para condições que podem gerar estresse. E evitar as mesmas a qualquer custo.

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