A mente funciona através dos órgãos dos sentidos, ou seja, da visão, audição, tato, odor e paladar, que são os agentes destacados para colher dados que vão alimentar essa mente, que depois os transmite ao seu “computador”, ou seja, ao cérebro, que armazena os dados obtidos por esses agentes coletores. Chegando ao cérebro, os dados são classificados, examinados e, de acordo com os mesmos, a ação é executada. É lógico que a qualidade da mente tem grande importância sobre o ato que resulta dos dados obtidos, depois de devidamente examinados. A expansão das faculdades mentais é, pois, um problema complexo que pode ocasionar modificações em todos os planos da personalidade de um indivíduo.


Nosso cérebro, entretanto, é muito mais do que um centro de informações. É ele, na verdade, o fator de equilíbrio de todo o corpo. Se a mente é superior ao corpo físico ou vice-versa, tem sido, por muito tempo, assunto de debates. De nossa parte, estamos convencidos de que é a mente que de fato governa o corpo. Sempre que parece acontecer o contrário, a pessoa em questão deixou de compreender o pleno potencial do espírito. É possível que tenha havido falta de treinamento sobre o modo de usar a mente, para policiar o corpo.


Acreditamos que a Natureza determinou que o espírito dominasse o corpo onde se encontra, em determinado tempo. Para começar, o espírito não é uma abstração e sim formado de pequenas partículas carregadas de energia. Essas partículas podem ser invisíveis a olho nu, mas são absolutamente reais e podem ser medidas por aparelhos eletro-eletrônicos. Há muito tempo que, nos hospitais, os impulsos provenientes do cérebro são medidos por meio do eletroencefalograma.


Este reservatório de energia, que dirige nossos atos, pode, entretanto, ser influenciado por outras formas de energia, que pode ser provado pelo fato de as tempestades elétricas perturbarem o sistema nervoso e, no caso dos doentes mentais, serem usados choques elétricos para fazer com que a mente funcione corretamente.  O que ainda não é possível à ciência explicar é por que razão alguns seres humanos recebem, ao nascer, um mais amplo reservatório de energia que os demais e, por isso mesmo, são dotados de mente mais perfeita.


Não existe uma mente padronizada. Sob a pressão da sociedade, estabeleceu-se uma espécie de mente artificial, de termo médio, já que se exige das pessoas certo grau de inteligência, para vencer na vida prática. Quem quer que esteja abaixo desse padrão é considerado retardado ou, em casos extremos, julgado incapaz de viver por si próprio, numa sociedade livre, sendo então internado em alguma instituição. Os que ultrapassam os padrões são considerados gênios e líderes e por isso mesmo venerados. Mas essas classificações são arbitrárias e artificiais. Foram criadas por conveniência, não porque exista, de fato, uma mente-padrão.


Na realidade, há certas inteligências que são extraordinárias em um setor e falham em outros. Há pessoas que são capazes de realizar grandes feitos de memória num terreno apenas matemático ou mecânico, como decorar seqüências de números ou outros fatos destituídos de interesse para a pessoa comum. As mesmas pessoas, entretanto, são incapazes de explicar fatos ordinários da vida ou de fazer uma exposição coerente em setores que não o puramente matemático. Seria difícil chamar essas pessoas de retardadas, embora o sejam em certos aspectos, enquanto que, em outros, estão acima da média.


É impossível a existência de um corpo sem que a mente funcione. É possível, entretanto, existir uma mente sem corpo, o que acontece num estágio mais avançado de desenvolvimento que chamamos “o mundo da percepção”, referência ao fator não-físico da personalidade humana ou mundo do espírito.


Os conhecimentos, sejam eles de que espécie forem, não são estocados no cérebro, mas sim na mente. O cérebro é apenas um sistema de fios (computador), complexo e altamente sofisticado, mas incapaz de agir por conta própria ou de reter qualquer informação, a menos que receba uma ordem da mente, que atua como “chefe”.


Vamos explicar: “A mente comanda a matéria” é uma frase que indica o poder que tem a mente de vencer dificuldades aparentemente insuperáveis. Está provado que a concentração mental tem conseguido, algumas vezes, superar deficiências físicas ou executar tarefas que o indivíduo não teria condições de levar a cabo, se não se tivesse exercitado em ordenar à sua mente que entrasse em ação (casos de milagres, por exemplo). Há ainda outros em que o corpo é incentivado a executar feitos extraordinários, sob a direção da mente, que decretou estado de emergência. A necessidade de realizar os feitos extraordinários é determinada pela mente e não pelo corpo. Este se limita a obedecer cegamente o que a mente estabeleceu, a um determinado momento. Se o corpo estiver em perfeitas condições, não haverá grandes problemas. Se essas condições forem apenas razoáveis, haverá sérias dificuldades entre a ordem e a execução. O grau em que a mente poderá sobrepujar a fraqueza de seu setor executivo, ou seja, o corpo, depende também da qualidade da mente. Quando este é capaz de grande concentração de esforços, naturalmente será capaz de estimular o corpo, levando-o a maiores realizações do que no caso de uma mente preguiçosa e medíocre.


Conquanto seja verdade que todos nós nascemos com mentes diferentes e que a qualidade das faculdades mentais seja também muito diversa em cada um de nós, ninguém é impedido de melhorá-las, exceto em casos de retardamento mental. Há certos exercícios que fazem desenvolver a mente e que podem ser úteis mesmo aos retardados.

Texto colaboração: Professor Carlos Rosa: (falecido em 12 de fevereiro de 2019)

 

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