Poucas pessoas conseguem mapear suas emoções sozinhas. Entre as linhas terapêuticas que podem trazer as respostas necessárias para casos de amor está a hipnoterapia.



A maioria das pessoas, ou todas elas, já sofreu ao menos uma vez na vida por uma desilusão amorosa, uma traição ou um amor não correspondido. Cada pessoa sente essa dor numa intensidade diferente, mas o sofrimento está ali e tem um impacto único em cada trajetória de vida. Nesse período de dor emocional, é comum que quem sofra se prenda aos fatos, aos acontecimentos e à busca de culpados, entretanto, a realidade é que esse amor intenso depositado em uma única pessoa pode ser apenas um meio para preencher alguma carência ou vazio que está no inconsciente de quem ama.

Sim, é isso mesmo. Não que seja impossível realmente sofrer por amar profundamente alguém, mas, em muitos casos, sofrimentos por amor podem ser potencializados por outras emoções não tão evidentes ou óbvias. É importante avaliar toda a história de vida da pessoa que está sofrendo de amor e desvincular essa emoção de outras angústias. E como fazer isso? Poucas pessoas conseguem mapear suas emoções sozinhas. Geralmente, o suporte externo de um terapeuta, neutro à situação (que não conheça ou julgue as partes envolvidas), é a melhor alternativa para identificar a origem desse amor e sofrimento. Entre as linhas terapêuticas que podem trazer as respostas necessárias para casos de amor está a hipnoterapia.

A hipnoterapia consiste em conduzir a pessoa a se interiorizar e, por meio de suas memórias, reviver algo que já ocorreu ou sentiu e ressignificar isso em sua vida. A técnica pode ser vivenciada por qualquer pessoa e permite que uma situação seja sentida como se estivesse acontecendo de novo e todas as emoções desse momento possam ser trazidas à tona novamente, mas de uma forma controlada que não a machuque novamente. Com isso, bloqueios, traumas e carências conseguem ser explorados em profundidade e trazem respostas aos sentimentos do presente.

Porém, nem tudo é tão simples. Há casos em que terapeutas que fazem hipnose clínica precisam ultrapassar os limites do nascimento e entrar em processo de terapia de vidas passadas, também conhecida por técnica de regressão de memória. Nesse caso, induções e sugestões são aplicadas, mantendo sempre a pessoa consciente, de forma que ela possa se lembrar de tudo e trabalhar posteriormente cada emoção revivida que, de alguma maneira, interfere no presente desta pessoa - independentemente dessas memórias serem reais ou não, uma vez que não é possível confirmar se é uma lembrança de uma existência real anterior ou se é somente uma criação metafórica daquela mente para expressar uma emoção que não tenha uma memória especifica na vida atual vinculada.

Dessa forma, durante as sessões de hipnoterapia, não existe certo ou errado. Não faz diferença a maneira exata como se revive um momento, já que o objetivo da técnica é dar um resignificado para bloqueios e traumas do passado para que estes deixem de ser necessários e não influenciem mais as vivências do presente, como é o caso das emoções relacionadas ao amor. Essa é uma poderosa ferramenta que ajuda a superar ou a aprender a lidar com problemas e distúrbios de origem mental e emocional, eliminando crenças limitantes e proporcionando acessar os seus recursos internos e, com isso, promover um estado de bem-estar desejado de forma rápida e eficiente.

Após um tratamento terapêutico com hipnose, que consiste, geralmente, em três sessões, é comum que as pessoas percebam, por si próprias, que talvez não amem tanto alguém como pensavam e, sim, que depositavam naquele amor o desejo de resolver uma dor que estava em seu passado. Reviver emoções do passado faz com que a pessoa identifique os traumas e possa controla-los com mais sabedoria. Ou seja, não existe cura para uma dor de amor, mas existe um caminho para que o luto de uma perda ou uma traição se encerre e seja mais coerente, com começo, meio e fim.
 
Fonte: Prof. Daniel Ferreira - Pós-graduando como especialista em hipnose clínica e certificado internacionalmente pelo Instituto Dave Elman, especialista em Programação Neurolinguística (PNL) e Constelador Sistêmico e Integrativo.
 

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