Psicóloga fala de vantagens e desvantagens de uma idade avançada



A famosa crise de meia idade é um termo que foi criado por Elliott Jaques, em 1965. A expressão reflete a insegurança que os indivíduos sofrem ao perceber que uma grande parte da vida já passou e que a velhice se aproxima cada vez mais. Os primeiros sinais dessa fase são as mudanças no corpo e as dúvidas da mente, como “o que fiz até aqui na minha vida?”

De acordo com a psicóloga clínica Carla Ribeiro, os sinais são diferentes em homens e mulheres. “Muitas mulheres começam a se sentirem ‘sem função’. Com filhos criados e conquistas familiares alcançadas, elas se perguntam: ‘O que tenho para fazer agora?’, enquanto outras aproveitam para refazerem os planos, tratarem da auto imagem, renovam as relações sociais e viverem com maior qualidade de vida”, revela.

Já os homens possuem outros sintomas. Aqueles que já estão satisfeitos com as conquistas profissionais e familiares geralmente ousam comprar um carro melhor, fazer mais viagens e passam a fazer alguma atividade física. “Outros podem começar a se sentirem ameaçados pela proximidade da aposentadoria porque sempre se dedicaram somente ao trabalho com o interesse de prover a família, acabaram não conseguindo aproveitar melhor o convívio no lar e começam a se sentirem um ‘estranho no ninho’, quando percebem que os filhos cresceram e o relacionamento com a esposa, não é mais o mesmo”, conta Carla.

As transformações ocorrem em ambos os sexos porque tanto o homem quanto a mulher passam por mudanças hormonais nessa etapa da vida. A menopausa se aproxima delas, então irritabilidade, falta de motivação e até mesmo uma depressão leve são vistas no comportamento delas. Já eles se preocupam bastante com o desempenho sexual, tentam reestabelecer um relacionamento conjugal com a esposa, principalmente se ocorre qualquer problema de ereção. Isso se torna sinônimo de impotência e incapacidade masculina, o que afeta o orgulho deles. Assim, eles vão atrás de coisas que não faziam para ‘aproveitar a vida’ e acabam deixando de lado sua família e responsabilidades.

Por outro lado, essa fase da vida também pode trazer vantagens, como, por exemplo, retomar projetos pessoais. “O importante para homens e mulheres é não enxergar a meia idade como o fim da linha. Na verdade, essa etapa é o recomeço. Passar a trabalhar no que gosta, assumir um novo comportamento, estar mais próximo da família, resgatar o casamento com uma dedicação melhor ao outro, ter uma relação sexual mais madura sem pressa e mais prazerosa são aspectos muito positivos”, afirma a psicóloga.

A recomendação principal de Carla é planejamento. “Planejar essa nova fase da vida é importante porque uma parte dela já passou e lhe proporcionou uma bagagem de experiências vividas e ensinamentos que você pode colocar em prática. Cuidar do corpo e da mente, modificar coisas que você não está gostando tanto, se livrar do que não sirva ou agrade e aprender algo novo são possibilidades que esse período proporciona”, explica.

Porém, caso você conheça alguém com problemas de aceitar a idade chegando ou que esteja extremamente preocupado com isso, busque ajuda. “Ambos os sexos podem precisar de apoio psicológico para enfrentar melhor esta fase. E o melhor momento para se procurar ajuda, é quando a situação não tenha chegado ao extremo da tolerância”, conclui a especialista.


Fonte: Carla Ribeiro - Psicóloga Clínica e Hospitalar voltada para Saúde do Homem - E-mail:  caribeiro.psi@gmail.com - Página: www.facebook.com/psicologacarlaribeiroRJ - Celular: (21) 9.9908-1834

 

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