É muito difícil escrever sobre a Fosfoetanolamina sintética, conhecida pelo apelido de “Fosfo”, e sobre seu autor, portanto vou procurar escrever baseado nas matérias que li em outros veículos de comunicação e sites.

Sabemos que é a intenção da criação de uma droga para o tratamento do câncer, desenvolvida pelo professor Gilberto Chierice, de 72 anos de idade, professor da USP-São Carlos, desde 1976 a 2013.

Seus estudos no desenvolvimento da “Fosfo” iniciaram-se durante sua investigação de substâncias que fossem capazes de atrair o cálcio para as células.

Sua descoberta, dizem, nunca foi submetida aos protocolos internacionais científicos. Da mesma forma, ninguém jamais soube exatamente o que as pílulas de Fosfoetanolamina sintética possuem, nem seu grau de toxidade, efeitos colaterais, dose correta e sobre quais tipos de câncer podem fazer efeito.

Um ponto forte na avaliação do trabalho do professor Gilberto é sua reputação de grande respeito junto a outros professores da própria USP; inclusive, em 2003, ele obteve a aprovação da FDA (agência americana de controle de alimentos e medicamentos) para a produção de um polímero à base de óleo de mamona. Essa substância pode substituir a platina na composição de próteses, diminuindo o risco de rejeições.

Já com a “Fosfo”, há também boas referências, pois ele executou seis trabalhos em modelos celulares, em animais de pequeno porte, e que foram publicados em algumas revistas científicas internacionais.

Esses estudos publicados mostram a comprovação da tese do professor Gilberto, de que a “Fosfo” age contra o tumor, estimulando a morte programada das células doentes (apoptose) preservando as células sadias.

Na mesma publicação, não é divulgada a demonstração da ação antitumoral do composto, os estudos pré-clínicos não exploram completamente o potencial da “Fosfo”.

Para que a ANVISA, nossa agência de controle de medicamentos, aprove a eficácia da Fosfoetanolamina sintética, serão necessários cinco anos de estudos profundos e complexos a fim de suprir todas as dúvidas que circundam essa droga. Nesse ponto é que entram os médicos oncologistas, que se recusam a concordarem com a prescrição do remédio do Professor Gilberto, pois alegam não saberem como age o composto nos humanos e consideram a liberação por lei sancionada da Presidente da República Dilma, um “escândalo na história da oncologia brasileira”, sem dizer que duvidam da eficácia do medicamento.  

Vale ressaltar também que a ANVISA sempre se manteve contrária ao uso da Fosfoetanolamina sintética do professor Gilberto, por falta de estudos complementares, faltam dados sobre segurança farmacológica que documentem os efeitos adversos; em resumo, são as informações sobre como atua a substância no organismo humano.

Por esse motivo o STJ – Supremo Tribunal Federal suspendeu, no mês de maio de 2016, a circulação do medicamento.

Particularmente eu ainda tenho esperanças na eficácia da Fosfoetanolamina sintética ou que seja o princípio de um medicamento 100% eficaz. Meu medo é o lobby dos médicos, aqueles que são gananciosos, que estão por trás dos laboratórios, os mesmos que deixarão de faturar bilhões de dólares com seus custosos tratamentos com remédios ineficazes, que não curam e nem curaram até hoje nenhum câncer, só enriquecem os empresários inescrupulosos com os seres humanos. Sim, há alguns poucos canceres que são curáveis, mas a que preço?

Vamos também torcer para que apareçam novos “professores Gliberto” que criam remédios a um baixo preço ao consumidor, como é o caso da “Fosfo”.



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