A nossa Amazônia é uma grandeza cultural e fitoterápica contendo uma biodiversidade magnífica e muito desconhecida para nós, apenas conhecemos um pouco de sua capacidade terapêutica. Não é apenas o “pulmão do mundo”, por conter o ar mais puro pela constante e abundante fotossíntese de suas árvores mas também podemos chamá-la de “a farmácia do mundo”. Há muitas plantas com potencial medicamentoso sendo estudadas e outras que ainda iremos descobrir.  Dentre elas, hoje vamos conhecer a fruta de uma palmeira muito abundante nessa região e muito querida e consumida no resto do Brasil: o Açaí.

Açaí é uma palmeira nativa da várzea da região amazônica, sendo comum no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador e Guianas. No Brasil, podemos encontrá-la nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará e Tocantins. Seu fruto de cor arroxeada é muito consumido em alimentos e bebidas, fazendo parte da alimentação da população do norte do Brasil.
Além do uso culinário, as sementes de Açaí são muito utilizadas no artesanato local, produzindo desde colares, pulseiras, aparadores de mesa, abajures, etc.

A origem de seu nome vem de uma lenda indígena em Belém. A tribo estava passando por um período de fome e o cacique Itaki resolveu sacrificar as crianças primogênitas recém nascidas para tentar sanar o problema, mas uma das crianças sacrificadas foi sua neta. Sua filha, a índia Iaçá, não se conformando com o sacrifício de seu bebê, rezou para Tupã mostrar ao seu pai cacique um outro caminho para resolver o problema da fome sem precisar sacrificar as crianças.

Uma noite enluarada, Iaçá ouviu um choro de criança e seguiu o som até uma palmeira e viu a imagem de sua filha, mas ao se aproximar, a imagem desapareceu. Em choro, Iaçá abraçou a palmeira e ao amanhecer, foi encontrada morta, abraçada à palmeira e olhando para cima. Acima, nesta palmeira nasceram frutinhas de cor arroxeadas, saborosas e nutritivas que sanariam a fome do povo. Esse foi o caminho mostrado por Tupã ao cacique Itaki para não mais sacrificar os bebês. Em homenagem a Iaçá, a fruta recebeu o nome de Açaí, que é o nome Iaçá ao contrário.

Na região sudeste, a fruta se popularizou como “fruta energética” para frequentadores de academias, mas logo caiu no gosto da população e passou a ser consumida pela população. A introdução maciça no mercado de consumo ocorreu na década de 1980 e os estados do Amazonas e Pará são os maiores exportadores, sendo responsáveis por 85% da produção de exportação.

Rica em vitaminas A, C, B1, B2, B3, B5,B6, B9, B12, E, K, retinol, potássio, cálcio, magnésio, ferro, fósforo, cobre, zinco, ácido palmítico, ácido palmitoleico, ácido esteárico, ácido linoleico. Apesar de ser um alimento gorduroso, sua gordura é monoinsaturada em sua maior parte.

A verdade, é que o açaí é um grande coringa na alimentação, pois pode ser usado como alimento energético puro, sua polpa associada com frutas tais como banana ou morango, combinado com tapioca, ou utilizada com suco, etc.

Há várias formas de usar o açaí na culinária e torná-lo uma opção saudável em marmitas e merendas, substituindo alimentos processados e prejudiciais à saúde.


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