Quem não gosta de um chá? Dificilmente encontramos alguém que não goste.

Essa bebida faz parte do dia-a-dia de inúmeras pessoas no mundo inteiro, cada povo com sua particularidade no preparo, ervas, indicações e curiosidades.

Vamos fazer um passeio na história para conhecermos um pouco da segunda maior bebida consumida no mundo?

 Reza a lenda que o chá surgiu na China, por volta de 2.737 a.C. através do Imperador Shen Nung. Enquanto fervia água para beber, folhas de uma árvore caíram na panela e começaram a liberar um aroma. O Imperador ficou atraído pelo aroma e resolveu experimentar. Nascia o chá na China. Não há registros oficiais dessa história para comprovação, mas essa linda lenda resume bem como essa bebida agrada paladares.

Oficialmente, o primeiro relato sobre o chá ocorre na China no século III a.C. na dinastia Tang. O Tratado de Lu Yu relata tecnicamente seu preparo em decocção, onde ervas eram fervidas em água, o que explica a origem do termo Tang quando se refere ao preparo de chás na Farmacopeia Chinesa cujo objetivo é ferver em água para se obter a energia da planta para fins medicinais. Começou a surgir plantações de chá verde e de outras ervas para o consumo e o comércio iniciou sua expansão chegando ao Japão e posteriormente à Europa. A Inglaterra se rende a essa bebida e a introduz em sua cultura como o famoso Chá das Cinco. Às cinco horas da tarde é hábito tomar chá, uma pausa nas atividades do dia-a-dia praticada até hoje nesse país.

Com a colonização do continente americano, o chá foi facilmente introduzido no Novo Mundo, as sementes de plantas utilizadas no preparo foram trazidas pelos colonizadores e estas se adaptaram ao solo e clima, originando variedades, além da descoberta de plantas nativas que foram introduzidas no consumo. Algumas culturas indígenas possuíam o hábito de tomar chá de ervas nativas, para se aquecerem do frio e para fins espirituais.

No Xamanismo e na Bruxaria, o chá faz parte da prática espiritual e em tratamentos de saúde.

Na fitoterapia, o chá é muito indicado para o tratamento de várias patologias, porém possuem especificidade no preparo conforme o princípio ativo da planta que se quer utilizar. Quando utilizamos plantas aromáticas e folhas, a forma de preparo é em infusão, ou seja, um aquecimento da água, sem ferver, coloca-se a erva e abafa por 3 a 5 minutos, pois muitos princípios ativos concentrados nas flores e folhas são óleos essenciais e estes em altas temperaturas perdem suas propriedades, por isso não podemos ferver. Essa especificidade é aplicada quando estamos trabalhando com princípios ativos, que é diferente de princípios energéticos.  Já caules e raízes, os princípios ativos ficam mais concentrados no interior da planta e para extrai-se precisamos submeter a planta a altas temperaturas e nesse caso utilizamos a decocção onde a água é fervida e coloca-se essas partes da planta e a fervura irá extrair os princípios ativos que precisamos utilizar. Após o tempo de fervura, abafa-se por volta de 5 minutos e o chá está pronto para ser consumido.

Por isso, é dito que o preparo de um chá é uma arte singular. Isso depende do conhecimento correto da planta a se utilizar,  suas propriedades químicas e energéticas,  indicações e efeitos desejados. A ritualística que envolve seu preparo confere a essa bebida toda a sua beleza e importância em nossas vidas, desde foco no preparo até efeitos psicológicos e sociais, pois pode ser ingerido em momentos de introspecção e meditação até em reuniões familiares, políticas e amigáveis.

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